Com o aumento do IPI, preço dos cosméticos pode subir até 12%
A ampliação da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) implicará no aumento de até 12% acima da inflação nos preços dos cosméticos. O fato se deve a equiparação dos atacadistas e industriais na arrecadação da tarifa.
Segundo João Carlos Basílio da Silva, presidente da Abihpe (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), a mudança no modelo de cobrança do imposto pode gerar cerga de 200 mil demissões no setor e fazer com que as vendas caiam perto de 17% em 2015. “A medida transfere para o atacadista, que é um comerciante, os custos da indústria”, analisou o empresário. “O setor não tem benefícios fiscais e teve os preços reajustados abaixo da inflação no último ano. Portanto, o novo sistema não se justifica”, acrescentou.
Segundo João Carlos Basílio da Silva, presidente da Abihpe (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), a mudança no modelo de cobrança do imposto pode gerar cerga de 200 mil demissões no setor e fazer com que as vendas caiam perto de 17% em 2015. “A medida transfere para o atacadista, que é um comerciante, os custos da indústria”, analisou o empresário. “O setor não tem benefícios fiscais e teve os preços reajustados abaixo da inflação no último ano. Portanto, o novo sistema não se justifica”, acrescentou.
A ampliação do IPI é uma das medidas anunciadas pelo governo para incrementar a arrecadação federal em 2015. Oficialmente, a Receita Federal prevê um aumento de R$ 645 milhões ao ano, sendo mais de R$ 380 milhões só esse ano, valores contestados por Basílio. “Trabalhamos com a estimativa de R$ 1,5 bilhão ao ano”, declarou o executivo. Vale lembrar que 48% do IPI arrecadado pela União é partilhado entre estados, municípios e fundos constitucionais. “De repente, o governo considerou só o que fica com ele. Mesmo assim, o impacto é maior que o anunciado”, disse Basílio.
Em entrevista coletiva, a Receita Federal alegou que a equiparação entre o IPI da indústria e dos atacadistas de cosméticos foi necessária porque brechas na legislação permitem subfaturamentos no comércio. Basílio negou a existência de qualquer ação desse tipo. “Isso nunca existiu. Na verdade, o setor de cosméticos tem um modelo de negócios diferenciado, com altos investimentos em comunicação. Isso ocorre em todo o mundo”, acrescentou.
Fonte: Agência Brasil.
Fonte: Agência Brasil.
Marcos Albuquerque.
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